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Sementes nativas reforçam segurança alimentar


AGRICULTURA FAMILIAR
Tema é debatido nesta semana durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Brasília





Brasília – A melhoria da qualidade da alimentação da população brasileira passa pelo incentivo à agricultura familiar. E uma das principais iniciativas para isso é garantir que essas famílias tenham acesso a sementes de qualidade, sem modificação genética e adaptadas às regiões, com maior produtividade.
Na manhã desta terça-feira (3), dentro das atividades de abertura da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Brasília, os participantes puderam trocar sementes nativas e receitas, que valorizam os alimentos e costumes locais. “Sem as sementes não temos a comida de verdade, não tem esse patrimônio”, explica a coordenadora do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), Vanessa Schottz.
“O nosso patrimônio genético está sendo substituído por sementes de laboratórios. Lutamos pelas sementes nativas. Não há segurança alimentar sem a preservação delas”, afirma o agricultor de Aparecida (PB), José Jamilton Neves. “Temos que fazer essa defesa, não podemos perder esse patrimônio genético tão importante sair das mãos dos nossos agricultores.”
A agricultora Francisca das Chagas Araújo Assunção, de Boa Hora (PI), trouxe semente de gergelim, milho e feijão branco. Ela afirma estar empolgada com a participação das pessoas na atividade. “Esse nosso trabalho incentiva a comunidade a se alimentar corretamente.”
O acesso às sementes nativas, também conhecidas como crioulas, é uma das políticas estruturantes desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para permitir que a população brasileira tenha uma alimentação mais saudável. “Estamos transformando em política pública o saber do agricultor do Semiárido, que sabe preservar suas sementes e a escolher sempre as melhores”, conta a ministra Tereza Campello.
Estão sendo implantados 640 Bancos de Sementes na região, para atender pelo menos 12,8 mil famílias rurais. Tereza Campello destaca que o projeto, mais uma etapa da rota de inclusão de produtiva rural que é realizada pelo governo federal, "vai mudar a região e garantir que o agricultor não saia da sua propriedade”. “As sementes, combinadas com a garantia de água para consumo e produção, juntamente com assistência técnica, recursos de Fomento e apoio à comercialização terão efeitos surpreendentes na vida dessa população para a convivência com a seca.”
Outra política é a compra pública de sementes por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Nós compramos do agricultor que tem a semente e entregamos para o agricultor que não tem. Além de trazer maior independência para as famílias de baixa renda, as sementes entregues colaboram com a segurança alimentar da comunidade”, explica o diretor de Apoio à Aquisição e Comercialização de Produção Familiar do MDS, André Grossi.
A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional segue até sexta-feira (6), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O evento conta com a presença de cerca de 2 mil pessoas, entre delegados, convidados, representantes da sociedade civil e observadores internacionais.

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