Experiências
brasileiras que contribuíram para a saída do Brasil do Mapa da Fome do mundo
estão sendo apresentadas durante a 42ª reunião do Comitê de Segurança Alimentar
da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em
Roma. O encontro começou na segunda-feira (12) e segue até esta
sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação.
O secretário
nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos, destaca que a trajetória
brasileira pode contribuir para atingir um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), que é erradicar a fome em todo o
mundo até 2030. “O Brasil está engajado nesta estratégia e é uma das grandes
referências no combate à fome hoje”, afirmou.
Campos apontou que a insegurança alimentar é um dos temas pilares para a
discussão no conselho mundial porque a África, Ásia e América Latina ainda têm
alguns problemas graves que precisam ser monitorados e avaliados
constantemente.
Nos eventos
paralelos à reunião do comitê mundial, Arnoldo de Campos apresenta, por
exemplo, a experiência intersetorial de governança brasileira, na atuação da Câmara
Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e
na elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. “O
relatório da FAO, ao explicar o salto dos indicadores brasileiro em 10 anos,
aponta a governança como um dos principais fatores. Conseguimos articular
diferentes áreas e instâncias de governo e da sociedade em torno de uma agenda
objetiva de combate à fome”, afirmou.
Segundo a FAO, além da governança e da participação da sociedade civil,
o aumento da oferta de alimentos e da renda dos mais pobres, o programa Bolsa
Família e a merenda escolar – que, por dia, alimenta 43 milhões de crianças e
jovens de escolas públicas – foram os fatores que fizeram com que o Brasil
reduzisse, entre 2002 e 2014, em 82,1% o número de subalimentados.
“É importante valorizar as conquistas para que não se percam e para que
possamos atingir novos patamares. Há muito o que fazer, mas o fato de termos
enfrentado a fome como problema estrutural nos dá credibilidade de organizar
uma nova agenda de alimentação saudável. Viramos uma referência, mas não
estamos parados. Precisamos avançar”, destacou Arnoldo.
O Programa Água para Todos, que garantiu acesso à
água a mais de 1,2 mil famílias no Semiárido desde 2003, o fortalecimento da
agricultura alimentar - com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) - e o combate ao desperdício
são algumas das pautas que também estão na agenda do secretário em Roma.
Informações sobre
os programas do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br
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