Promover e dar visibilidade à agricultura familiar
em um espaço que busca promover a contribuição e a participação social. Com
este intuito, será lançado, nesta quarta-feira (2), o site do Comitê Brasileiro
para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (Aiaf),
celebrado em 2014.
“A ideia é termos uma estratégia de comunicação
para chegar aos grandes centros, para que os setores mais amplos da sociedade
brasileira reconheçam a contribuição que a agricultura familiar tem para a
segurança alimentar e nutricional, para a produção de alimentos saudáveis e
para o desenvolvimento econômico das regiões e do país como um todo”, comenta o
chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), Caio França, ao afirmar que o comitê brasileiro decidiu que uma das
prioridades do trabalho é divulgar o trabalho feito pela agricultura familiar.
Caio França adianta que a intenção é que o site
tenha a cara do comitê brasileiro para o ano, com muita participação social.
“Vamos divulgar iniciativas das diversas organizações e movimentos sociais do
campo e estimular a realização de ações nas diferentes regiões. Além de
informações do que está sendo feito no Brasil e no mundo, o site vai permitir
que as entidades possam incluir registros de suas experiências”, avalia.
Lançado no dia 18 de fevereiro, o Comitê Brasileiro
para o AIAF 2014 é composto por 49 entidades, sendo 31 da sociedade civil e 18
do Governo Federal. A este comitê foi dado o objetivo de planejar, propor,
promover, articular, organizar e participar de atividades relacionadas ao AIAF.
As participações poderão ser incluídas no site por
meio da aba ‘PARTICIPE’, que ficará no menu principal do portal. Lá, os
interessados em divulgar eventos que sejam ligados ao Ano Internacional da
Agricultura Familiar poderão incluir datas e fotos de suas agendas. A página
também vai contar com um conteúdo multimídia: notícias, áudios, imagens e
vídeos sobre o ano serão veiculados.
O ano
Alimentação saudável, segurança alimentar, proteção
da agrobiodiversidade, preservação do regionalismo. A agricultura familiar é
protagonista em diversos segmentos, porém ainda é desconhecida de parte da
população mundial. Para mudar essa realidade e colocar a produção dessas
famílias em maior evidência, a Organização das Nações Unidas (ONU), na Assembleia
Geral, em dezembro de 2011, instituiu o Ano Internacional da Agricultura
Familiar (AIAF) 2014.
O objetivo da entidade, com o ano comemorativo, é
reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas,
ambientais e sociais nas agendas nacionais. Além disso, a ONU quer aumentar a
visibilidade do papel do segmento na erradicação da fome e pobreza, na provisão
de segurança alimentar e nutricional, na melhora dos meios de subsistência, na
gestão dos recursos naturais, na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento
sustentável, particularmente nas áreas rurais.
Agricultura familiar brasileira
A agricultura familiar é responsável pela maioria
dos produtos que chegam à mesa da população. Para o diretor-geral da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José
Graziano da Silva, o País é modelo a ser seguido na valorização do segmento.
“Hoje, o Brasil é referência no combate à fome e não se priva de divulgar suas
estratégias para outros países. Diversos países estão mudando suas leis de
compras públicas para se enquadrarem nas mesmas estratégias de políticas
públicas adotadas no País”, assinala José Graziano.
A agricultura familiar inclui todas as atividades
agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento
rural. O setor consiste em um meio de organização das produções agrícola,
florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por
uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar, tanto de
mulheres quanto de homens.
Texto:
João Paulo Biage/MDA
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