Saúde orienta sobre cuidados com a alimentação
para evitar a intoxicação alimentar
No período de férias e com as mudanças de
hábitos, é fundamental reforçar os cuidados para evitar as doenças
relacionadas a alimentos e água contaminados

As doenças transmissíveis por
alimentos são adquiridas pela ingestão de comida e água contaminadas por
micro-organismos, toxinas ou outros agentes
Vômitos, diarreias, dores abdominais, dor de cabeça, febre, em alguns
casos, alteração da visão e olhos inchados, podem ser sintomas de
intoxicação alimentar. As doenças transmissíveis por alimentos são
adquiridas pela ingestão de comida e água contaminadas por
micro-organismos, toxinas ou outros agentes prejudiciais à saúde.
Segundo a Diretora de Vigilância Sanitária em Alimentos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG),
Maria Flávia Bracarense, alguns cuidados, tanto em casa, quanto nas
viagens, podem ser fundamentais para a prevenção de doenças. “Ter uma
boa higiene, refrigerar os alimentos adequadamente; beber somente água
filtrada ou fervida; ficar atento ao rótulo e prazo de validade dos
alimentos; lavar frutas e verduras antes de ingeri-los; lavar as mãos
antes e depois da manipulação de alimentos; evitar o consumo de ovos,
carnes, aves e pescados mal cozidos; não alimentar com produtos
visivelmente alterados (cor, sabor) são medidas necessárias”, orientou.
Em Minas, foram notificados, no ano de 2012, 106 casos de surtos que
ocorreram em residências ou estabelecimentos comerciais, como cozinha
industrial, lanchonetes, padarias, etc. A SES-MG realiza fiscalizações
para verificar as condições de armazenamento dos alimentos, manipulação,
forma de preparo, higiene do local e dos manipuladores.
Para pessoas que se alimentam em restaurantes, padarias, lanchonetes,
quiosques ou em outros locais, Maria Flávia recomenda também observar
sempre a organização e a limpeza das instalações; as condições de
higiene do estabelecimento e dos funcionários. “Verifique se os
funcionários utilizam proteção nos cabelos, se as unhas das mãos estão
curtas e limpas; se os uniformes estão limpos e conservados. É preciso
ficar atentos se os alimentos perecíveis, como pescados, carnes,
iogurtes, entre outros, estão refrigerados na temperatura certa, se no
estabelecimento há presença de moscas e sinais de outras pragas. Também é
importante perguntar sobre a origem e as condições de armazenamento do
gelo, se é industrializado ou elaborado a partir de água potável”,
finalizou.
Em 2012, a Vigilância Sanitária Estadual realizou 52 inspeções
sanitárias em estabelecimentos comerciais. Destes, seis foram
interditados e abertos processos administrativos. Os demais foram feitos
trabalhos educativos para as boas práticas de fabricação/manipulação e,
em casos necessários, os estabelecimentos foram notificados para
adequações das irregularidades.
Recongelamento de Produtos
Quando o alimento que previamente sofreu descongelamento volta a ser
congelado, aumenta o risco de desenvolvimento de doenças, afinal, ao
diminuir a temperatura a carga de micro-organismos continua presente, só
que ficam em estado de latência, ou seja, o desenvolvimento é
interrompido, mas não ocorre a eliminação dos micro-organismos ali
presentes. No momento em que a temperatura voltar a se modificar é
retomando o aumento do número de células. Por este motivo, o processo de
recongelamento não deve ocorrer em hipótese alguma.
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