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Educação deve se apoiar em política de proteção social forte

A professora da PUC Minas Cristina Almeida Cunha Filgueiras
Os investimentos em educação e cultura precisam ser articulados com políticas sociais e econômicas fortes e com um sistema de proteção sólido e robusto, que permitam a inserção das pessoas no mundo do trabalho e no mundo social. Sem isso, as políticas educacionais dificilmente poderão cumprir o seu papel e os êxitos na aprendizagem serão comprometidos. A opinião foi manifestada na tarde desta segunda-feira (24/10/11), no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, no primeiro dia da etapa final do Seminário Legislativo Pobreza e Desigualdade, pela professora Cristina Almeida Cunha Filgueiras.
 
Doutora em Sociologia pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (França) e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Cristina Filgueiras abordou o tema Educação e Cultura no primeiro painel da tarde, "Políticas de Desenvolvimento Social: erradicar a pobreza e enfrentar as desigualdades sociais e regionais". Ela destacou que as fragilidades das condições de vida dos alunos pobres chegam com eles à escola e respondem por 70 a 80% dos resultados no desempenho escolar.

Avanços 

Apesar disso, acredita que tanto o Estado de Minas Gerais como o País têm avançado em vários aspectos da política educacional, como, por exemplo, na universalidade do Ensino Fundamental e no esforço para manter as crianças na escola, na luta pela erradicação do trabalho infantil. Mas ainda é muito pouco, acha. A professora afirma que a educação infantil - de um a seis anos de idade - tem um enorme peso na trajetória escolar e “precisa ser trabalhada com muita seriedade”, sempre associada a políticas de combate à pobreza. Da mesma forma, entende que as questões dos recursos humanos  e da educação nas zonas rurais também exigem mais investimentos. “Avançamos, mais ainda estamos devendo”, afirmou.

Finalmente, no que diz respeito à cultura, considerou importante o investimento em equipamentos e produções culturais, mas advertiu: “que isso não signifique a produção de uma cultura oficial”. Para ela, a cultura “é da ordem do sentido, das teias de significações, da produção simbólica, o que tem a ver com alteridade e pertencimento”. Por isso, frisou, “quanto mais participação, mais dissenso, mais debate de ideias, melhor”. Concluindo, ressaltou que os entraves são muito mais da ordem do social e do político. Daí a importância de “definir prioridades e mexer com as estruturas de poder”.

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