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ASA incentiva trabalho da mulher na produção de alimentos



Uma das filosofias do trabalho da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA) é valorizar a atuação da mulher como produtora de alimentos. De acordo com a Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), entre 60% e 80% da produção de alimentos nos países do Hemisfério Sul recai sobre as mulheres.

Por isso, quando foi concebido o “Programa Uma Terra e Duas Águas”, foram criados mecanismos para que os espaços produtivos sejam estabelecidos em áreas de domínio feminino, como o quintal de casa. As cisternas-calçadão são acompanhadas pelos quintais produtivos, onde se cultivam hortaliças, plantas medicinais, árvores frutíferas para dar sombra e frutos e criam-se animais soltos no terreiro.

“A ASA trabalha tanto na ampliação da lógica do armazenamento da água, como da produção do alimento e na preparação da refeição, atribuições socialmente construídas para as mulheres. Ao focar no espaço ao redor de casa para o cultivo de alimentos, o P1+2 empodera a mulher que cuida dele. O quintal produtivo é um dos lugares mais ricos de biodiversidade da agricultura familiar e as mulheres são suas guardiães”, ressalta Antônio Barbosa, coordenador do P1+2.

No ano passado, a FAO divulgou dados que atestam a importância da mulher na produção de alimentos em todo o mundo. As informações constam no relatório “O Estado da Alimentação e da Agricultura 2010-11 - Mulheres na Agricultura, Redução da Desigualdade de Gênero para o Desenvolvimento”. O relatório pressupõe que se houvesse uma distribuição mais equitativa dos bens, insumos e serviços agrícolas entre homens e mulheres, a produção de alimentos no mundo poderia crescer de 2,5% e 4%.

“Além disso, uma expansão da produção agrícola dessa magnitude poderia reduzir o total de pessoas subnutridas no mundo de 100 a 150 milhões de pessoas, dentro de um universo de quase um bilhão de pessoas”, destaca um artigo sobre o relatório escrito por Alan Bojanic, oficial a cargo da representação da FAO na América Latina e no Caribe, e Gustavo Anriquez, economista da FAO.

O artigo ressalta também que o empoderamento da mulher traz como consequência a melhoria de indicadores de bem-estar familiar, como alimentação e educação. “Isso não acontece somente por causa da receita adicional, mas porque — como tem sido demonstrado em muitos estudos de caso onde as mulheres controlam uma maior parte do orçamento familiar – a proporção dos gastos com alimentação, saúde e educação tende a aumentar significativamente”, destaca o documento.

Fonte: Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA)
 

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